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Jornada a Choq’ekiraw

 

Desde de 2011 comecei a sentir um chamado para conhecer a última cidade habitada pelos Inkas, Choq’ekiraw ou Choquequirao que é considerada atualmente como “A Cidade dos Encantados”. Encantados ou Encantos como são conhecidos nos Andes, são seres que vieram de Vênus para auxiliar no desenvolvimento do Planeta Terra, uns viveram em outros tempos na Cordilheira Andina, mas até hoje nos visitam ou vivem em alguns Locais de Poder (Huacas) nos Andes e por essa razão são conhecidos também como Guardiões da Sabedoria Ancestral. Na minha última estada em Machu Picchu, constatei de os Encantados não viviam mais naquela cidade e se transferiram para uma outra Huaca (Lugar de Poder)… Choq’ekiraw, que passou a ser considerada a capital destes Seres Sagrados.

Pensando em conhecer esse local, convidei um grupo de amigos para fazerem a trilha até lá comigo. Oito mostraram interesse em ir, mas só quatro foram juntos comigo para os Andes. Nossa jornada começou na madrugada de uma quinta-feira. Eram cinco da matina quando deixamos Cusco, a antiga capital incaica, em direção a San Pedro de Cachora (2.855mts de altitude) na província de Abancay no departamento de Apurimac. A viagem até lá demorou em torno de três horas de viagem. Desta cidade seguimos por mais 10km de carro até Huancacalle. Depois de dividirmos toda nossa parafernália em quatro mulas, seguimos a pé ao Paso de Capuliyoc (K11), onde a nossa aventura começa. Nesse ponto, com vista para o Cânion Apurimac, com mais de 1.600m de profundidade, avistamos os nevados Padrayoc e Wayna Cachora dos seus altos 5.500m que fazem parte da cadeia do Apu Salkantay.

A trilha de Capuliyoc (2.955mts) até o acampamento de Chiquisca (1.930mts) é toda em descida, em zigue-zague, o que força muito os nossos joelhos. Neste percurso, há vários pontos interessantes para fotos e dois mirantes. Depois de percorremos 14km em três horas e meia de caminhada, chegamos no camping de Chiquisca (K19) no início da tarde. Após o almoço, preparado pelo cozinheiro que nos acompanhou, nosso guia falou que teríamos que partir para Playa Rosalina (1.550mts) imediatamente, para não sermos pego pela escuridão da noite. Depois de mais 4km de caminhada em zigue-zague chegamos a beira do Rio Apurimac, no acampamento de Playa Rosalina (K21). O local é mais estruturado que o acampamento de Chiquisca, porém é o paraíso dos borrachudos que ataca todos com sangue quente, mesmo que usem repelentes de inseto. O percurso total deste dia foi de 18km. Ao final dele, estávamos todos com os joelhos em frangalhos e alguns de nós com bolhas nos pés.

Para evitar o ataque dos mosquitos, a agência que contratamos armou nossas barracas dentro de um espaço fechado. Após nosso banho gelado, o jantar foi servido. Ao final nos recolhemos para descansarmos para a jornada do dia seguinte. Confesso que desabei em cima do meu saco de dormir, e só acordei no meio da noite por causa do calor úmido da selva a nossa volta, o que deixou a nossa barraca toda com condensação.

Despertamos mais uma vez a cinco horas da manhã, com a intenção de sairmos as seis, evitando o sol na subida até o local do nosso almoço em Marampata. Como havíamos feito toda a trilha do dia anterior descendo, este novo percurso seria todo de uma subida íngreme em zigue-zague. Ao atravessar a ponte sobre o Rio Apurimac, juntamente com Jan, deixamos o departamento de Apurimac e entramos no de Cusco. A subida é muito exigente, mas após quase duas horas de caminhada conseguimos chegar a Santa Rosa Baixa, onde podemos descansar e jogar água em nossa cabeça para nos refrescarmos. Em seguida, voltamos a caminhar pela trilha com muito cascalho o que dificulta a subida em direção a Marampata (K29). Esse trecho é o mais extenuante de todos, e os joelhos cansados do dia anterior voltam a doer. Lentamente caminho junto com Jan. A medida que avançamos na trilha, começamos a sentir a falta de ar devido a altitude, mas ao final de cinco horas, desde o início da caminhada, finalmente chegamos a Marampata (2.850mts). Antes de chegar, fizemos uma parada técnica numa tenda para tomar uma coca-cola a 200 metros de nosso destino, e lá conhecemos um jovem francês (Jean Maurice) que estava coberto de picadas de mosquitos. Conversamos um pouco com ele, antes de seguir em nossa caminhada até o local do nosso almoço em Marampata.

Depois de um pequeno descanso, nosso guia nos convocou para seguirmos por mais 3,5km até o nosso acampamento na entrada do Sítio Arqueológico de Choq’ekiraw. O caminho nesta parte é mesclado entre subidas e baixadas por um terreno pedregoso dentro de uma área de selva. Durante o percurso, paramos numa portaria em Sunchupata (2.925mts) para assinarmos um livro de registro e pagar uma pequena taxa. Após duas horas de trilha chegamos a área de camping (K32), onde mais uma vez nossas barracas estavam montadas, como também a tenda maior utilizada para nossas refeições. Este camping que fica a 2.850mts é o melhor em todo o caminho, apesar da ducha fria, ele é limpo e as descargas dos banheiros e torneiras funcionam decentemente. Depois de caminharmos um total de 17,5km, sentamos na grama para apreciar a paisagem aguardando o nosso jantar. Durante esse tempo, somos agraciados com um som vindo de uma rabeca tocada por uma bela jovem francesa (Vivienne) que desliza seu arco sobre as cordas do instrumento. Para abrilhantar mais esse dia, ao acabarmos de jantar, Mama Killa (Mãe Lua) se apresenta plena no céu estrelado iluminando o nosso acampamento antes de dormirmos.

Diferente da noite anterior, temos uma noite com temperatura agradável. Acordamos por volta das seis horas, e após nosso desjejum seguimos (finalmente) em direção a cidadela de Choq’ekiraw. Caminhamos 1km de subida em vinte cinco minutos, até chegarmos ao setor chamado Pikihuasi, local onde viviam anões que eram ajudantes dos xamãs. Estes últimos viviam um pouco mais acima na Casa dos Sacerdotes, e lá realizavam suas atribuições xamânicas (manuseio de ervas, meditações, rezos, etc.). Depois de explorar esses dois setores, sigo sozinho em direção a uma plataforma no topo de um pequeno morro. Antes de chegar no Usnu Cerimonial, reencontro Jean Maurice que me chama para ver duas cavernas no lado direito da trilha que estavam, a poucos metros da entrada da plataforma. Depois de tirar algumas fotos, arrisco a entrar numa que tem uma abertura maior e com pequenos degraus que levam ao seu interior. Avanço por três metros na escuridão, mas ao receber uma lufada de vento frio vindo de suas entranhas, não arrisco descer mais. Sabe-se lá o que poderia encontrar indo mais fundo. Saio da caverna arrepiado e sigo na direção do Usnu, que tem uma forma ovóide e tem uma vista panorâmica de todo o sítio arqueológico.

Depois de caminhar por toda extensão da plataforma, onde os yachacs (xamãs) realizavam seus estudos astronômicos em pequenos espelhos de água posicionados em locais estratégicos ao longo do Usnu, resolvo sentar um pouco na mureta que cerca o lugar para meditar. Sinto o sol aquecer o meu corpo e uma leve lufada de vento acariciar os meus cabelos. Ao abrir os meus olhos vejo surgir a minha frente o meu velho Mentor Kalawaya vestido com seu poncho vermelho com linha amarela e verde nas bordas. Ele permanece com o mesmo rosto de quando o vi pela última vez no Apu Pitusiray um ano e pouco atrás. A sombra do seu chapéu esconde seus olhos amendoados, mas deixa transparecer seus longos cabelos brancos, seu nariz aquilino e a boca que apresenta um sorriso genuíno. Nos saudamos com o cumprimento da nossa Tradição, e ele senta ao meu lado.

– Estou feliz em ver que você, finalmente, conseguiu chegar até a Cidade dos Encantados. Sei como foi penoso para você caminhar até aqui, mas lembre-se que na nossa jornada sacrifícios são necessários para que possamos nos desenvolver cada vez mais espiritualmente. Caminhar sobre o ventre sagrado da Pachamama é uma das coisas mais fascinantes deste mundo. Ousando ir além do desconhecido, nossos ancestrais romperam as barreiras do Sistema Solar. Mas um tipo de jornada, em especial, tem sido responsável por direcionar o ser humano ao encontro de si mesmo, fazendo com que descubra universos inexplorados ainda maiores do que os já descobertos: a jornada da peregrinação. São elas que nos transformam interiormente. Foi desta forma que nossa linhagem conseguiu manter contato com seres divinos, angelicais, dimensionais, extraterrestres, intraterrenos, ultraterrestres, etc. e ter acesso ao legado por eles transmitidos.

Meu Ser se deleita ao ouvir mais uma vez as palavras de meu Mentor. Tento falar algo, mas ele sinaliza para que eu apenas escute-o.

– Procure se sintonizar conscientemente com a energia desta cidadela. Contemple-a! Deixe que a sabedoria desta Huaca penetre seu Ser para que possa ter acesso ao legado do povo que aqui viveu e aos Encantos que ainda permanecem como Guardiões deste Local Sagrado.

A figura de Tayta Matzú se dissipou no ar, logo em seguida, no exato momento em que o resto do meu grupo chegava ao Usnu e Jean Maurice me pedia para tirar uma foto sua com a cidade abaixo, antes dele descer para explorá-la. Nos despedimos, e depois me reúno ao meus amigos recém-chegados no centro da plataforma onde seria feita uma pequena cerimônia. Peço a todos que fiquem sentados em círculo enquanto faço uma saudação aos Quatro Ventos. Ao evocar a presença do Vento Leste, vejo surgir uma coluna de fogo a minha frente, e a medida que vou evocando os outros ventos surgem outras colunas: uma de água no Norte, de terra no Oeste e ar ao Sul. Neste momento, surge ao nosso redor, dezenas de Encantos que dançam a nossa volta. No fim da alegre dança, eles se posicionam a Leste. Um raio rosa surge desta direção e após se esvanecer, duas figuras (uma feminina e outra masculina) envoltas em túnicas da mesma cor brotam da Terra. Sinto uma forte emanação amorosa nos envolver naquele momento, o que me traz uma sensação de paz e segurança.

A mulher de cabelos levemente dourados vem até nós, carregando um Kero (vaso cerimonial) e oferece seu precioso líquido a cada um de nós, que bebemos após oferecer um pouco a Pachamama. A cena a nossa frente desaparece, mas em seu lugar surge a antiga estrutura do Usnu, tendo quatro portas similares a de Tiwanaku e ao centro um Saywa (obelisco) de cristal que era utilizado pelo povo que ali vivia para se conectar com outros locais de poder e realizar suas teleportações pelos Portais Interdimensionais que haviam sido criado por Aramu Muru, quando veio do continente perdido da Lemúria para os Andes. Neste momento, vejo alguns sacerdotes trazendo o Disco Solar* de Qorikancha em Cusco, para Choq’ekiraw por um determinando tempo, antes de leva-lo a um templo submerso no Lago Titikaka para escondê-lo dos espanhóis. Eles os escondem dentro de uma das cavernas abaixo do Usnu, pois seu brilho intenso poderia atrair a atenção dos invasores.

Minha visão é interrompida pelo nosso guia que diz que temos que descer para conhecer o resto do Sítio Arqueológico, por causa do tempo curto já que tínhamos decidido que iríamos acampar naquela noite em Marampata, pois assim evitaríamos fazer um caminho de volta ainda maior no dia seguinte. Descemos em direção a Plaza Maior, onde ficava a Casa do Imperador e o Templo (com suas construções intactas), e de lá seguimos até Hanan (a parte de cima da cidadela). Enquanto o guia vai falando dando as explicações turísticas ao nosso grupo, sigo adiante para meditar na parte mais alta de Choq’ekiraw (3.130mts). De lá vejo os canais de água, as Qollqas (armazéns) e o Usnu no morro a minha frente. Aproveito que estou só naquele lugar e me deito na grama, olhando o céu azul com poucas nuvens.

Sinto uma presença ao meu lado esquerdo, e ao me virar vejo a mesma figura feminina de túnica rosa que havia me dado de beber no Usnu. Ela sorri para mim, fazendo com que seus azuis profundos brilhem intensamente.

– Seja bem-vindo a Cidade dos Encantos! – diz ela pega, colocando sua mão direita no meu coração. – Chamo-me Nada, e sou a mensageira de Merú o Guardião do Disco Solar. Minha missão é emanar o Amor Incondicional (Munay) nos corações da raça humana, para que possam ter paz em sua existência nesta dimensão. Auxílio também no processo de cura, trabalhando com médicos, sacerdotes e xamãs. Mais cedo você deu alguns passos dentro de uma caverna na entrada da plataforma cerimonial, mas foi prudente em não avançar mais. Irei leva-lo até lá para que conheça uma das entradas do templo.

Ao tocar minha mão, somos transportados até a caverna iluminada por veios de ouro e prata em suas paredes. Sou conduzido por Nada até o interior da montanha, onde se precipita um Fogo Dourado das profundezas da Terra. Ela me diz que esse fogo vem de uma passagem subterrânea que une Choq’ekiraw ao Templo de Merú as margens do Lago Titikaka. Nada diz que existe uma série de outros túneis sob os Andes que ligam a outros Locais de Poder (Huacas). Ela me explica que o lago é realmente o polo energético feminino da Terra, e de lá é emanado para o mundo irradiações de paz e amor por meio das saywas (colunas de energia), que também existem em outras Huacas. Ao final da nossa incursão pela caverna-templo, ela coloca sua mão direita dentro do seu peito e tira de lá um rubi com tons dourados. Sem dizer mais nada, entrega a mim e desaparece na minha frente.

Estou mais uma vez no gramado do Setor Hanan em Choq’ekiraw. Ao olhar minha mão vejo a pequena pedra de rubi. Meus olhos ficam marejados de lágrimas e escorrem pelo meu rosto. Guardo-a com bastante cuidado em minha bolsa medicinal e silenciosamente agradeço a todos os Encantados por estar em sua cidade e de ter me sido revelado alguns ensinamentos da minha Apukuna (linhagem espiritual). Após a chegada de todos os membros do nosso grupo, tiramos uma série de fotos e depois seguimos a Plaza Maior para almoçarmos. Em seguida vou com nosso guia e um casal até o Setor das Lhamas, mas ao ver que seria necessário descer uma série de degraus e andenarias para ver as lhamas em pedras brancas incrustadas em muros, me contento em ver apenas a serpente branca num deles e desisto de descer até o final e depois subir tudo de volta.

De lá, nos reunimos com o restante do grupo e voltamos ao nosso acampamento para reunir nossas coisas e seguir até Marampata. No percurso de volta, agradeço a todos os meus amigos e mentores espirituais por ter tido a oportunidade de conhecer a cidadela de Choq’ekiraw, apesar de todo sacrifício físico que tive que fazer para chegar até lá. O percurso de 3,5km de volta a Marampata é bem mais rápido desta vez. Após nossas barracas serem arrumadas, tomamos um banho frio e nos reunimos para jantar. Durante nossa refeição somos surpreendidos por uma chuva, mas felizmente ela não dura muito e podemos dormir tranquilamente até amanhã seguinte.

Despertamos as seis da manhã para o novo dia que seria longo para nós. Assim que começamos a descer até Playa Rosalina, onde iríamos almoçar, uma leve chuva nos pegou mas não durou tempo suficiente para usarmos nossas capas de chuva. O céu rapidamente voltou a clarear, prometendo mais um dia bonito para nós. Chegamos, extenuados a Playa Rosalina perto do meio-dia. Aproveitei a espera do almoço, para tirar as minhas botas e massagear meus pés e joelhos, que doíam muito. Até ali tínhamos caminhados 12km desde Marampata, mas faltavam mais 4km de subida até Chiquisqa onde acamparíamos naquele dia.

Depois de almoçarmos, descansamos por meia hora e começamos a subir lentamente. O sol estava forte no início da tarde e olhando para o céu, não havia nenhuma possibilidade de chuva e muito menos de ter uma nuvem que nos desse sombra durante a caminhada. Minhas pernas pareciam carregar chumbo dentro delas, me arrasto como o zumbi por 2km. O guia ao passar por mim, diz que posso subir numa mula quando o arrieiro passar. Penso seriamente em aceitar, mas continuo caminhando penosamente. A cada passo dado, penso que vou desmaiar de cansaço. Procuro uma sombra na encosta e descanso antes de continuar caminhando. Procuro não olhar para frente, pois sinto minha visão ficar turva toda vez que o faço. Jan se aproxima de mim, com o olhar espantado e diz que eu deveria descansar e esperar o arrieiro que vinha logo atrás dela. Aceito seu conselho. Subo na mula assim que ela passa. Eu havia chegado ao meu limite. Isso não significava que eu me sentia derrotado. Na verdade, o objetivo intrínseco era recuperar as forças para dar o passo seguinte. Assim é a vida. Eu não iria me desgastar fisicamente, sendo que tinha a oportunidade de descansar. Com esse pensamento na mente, resolvi que no dia seguinte iria fazer a parte final da trilha de mula também.

Assim que cheguei ao acampamento em Chiquisqa, apeei da mula e colocando meus braços pelo seu pescoço a agradeci por me trazido até aquele lugar. Enquanto o restante do meu grupo tomou banho de chuveiro, eu resolvi tomar o meu de mangueira próximo a uma área verde de descanso para os aventureiros. O banho me revitalizou, mas ainda sentia os meus joelhos bem doloridos. Passo o restante da tarde deitado no gramado, enquanto aguardo a hora do cozinheiro nos chamar para jantar. Na mesa, observo o semblante cansado de todos os presentes, mas vejo também a alegria de estarem ali e de terem conseguido chegar até Choq’ekiraw. O caminho até lá realmente não é fácil e talvez seja por essa razão que os invasores espanhóis não o tenham descoberto, como também não chegaram a Machu Picchu.

Eram cinco horas da manhã quando despertamos. Após tomarmos o nosso desjejum, o grupo começou a caminhada até Capuliyoc. Eu tive que esperar todas as barracas serem desarmadas e nossos equipamentos serem colocados nas mulas pelo arrieiro, para só então subir no mesmo animal (Margot) do dia anterior e começar a subida. Durante o percurso, tive a oportunidade de ver mais detalhadamente o rio Apurimac e fui agraciado com o voo do Condor por entre as nuvens já próximo ao Paso de Capuliyoc. A partir dali, desci da mula, e fiz a caminhada final a pé. Ao chegar no Mirador de Huancacalle, um som conhecido chega aos meus ouvidos. Era Vivienne nos dando as boas-vindas com a sua rabeca, e fechando nossa jornada a Choq’ekiraw com chave de ouro.

Munay,

Wagner Frota

 

* o Disco Solar é um objeto circular de ouro maciço que era utilizado para harmonização, cura e teletransporte. Ele tem a representação de Inti (o Sol) com uma feição felina-humana, por essa razão os Hamawttas (sábios andinos) dizem que ele contem a Vibração Cósmica Criadora. A forte luz emanada por ele no fundo do Lago Titikaka, faz com que muitos pensem que existem uma série de discos voadores sobrevoando este lugar. Para alguns estudiosos, ele é a representação de vimanas (naves voadoras) que eram utilizadas pelos lemurianos.