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Somos Formas Temporais de Energia

Os animais de poder são energias naturais que se unem a nós. Eles servem a nós e nós a eles. Fazemos parte uns dos outros. Estamos interligados através dos sete chacras. São formas simples de energias, porém muito poderosas, e que nos conectam com a natureza.

Os denominados animais de poder são energias da natureza, que personificamos como animais. Prefiro pensar neles como uma mistura nossa com a força da natureza. Uma manifestação arquetípica de energia no tempo e no espaço. As consciências primitivas personificam-nas como animais, e elas assumem essa forma quando se conectam com elas. Pelo menos na teoria.

Podemos presenciar cenas muito reais durante um sonho, que aconteceram quando estávamos despertos, e que são interpretados através de símbolos. Do mesmo modo podemos definir uma dessas energias da natureza como um animal, só que a nossa interpretação não se realiza em nossa mente racional. São intelectuais e acadêmicas. Essa convenções não se aplicam a este tipo de fenômenos.

Nas consciência primitivas, esses animais fazem parte de um território coletivo. É por isso que os símbolos são universais. Podemos encontrá-los em qualquer cultura do mundo. É esse território coletivo que faz as pessoas a responderem do mesmo modo a determinada pintura, história ou música. Não seria o apelo do território coletivo, expressando algo que é normalmente percebido pelas raízes profundas da consciência humanas?

O xamã sabe que existe um mar de consciência que é universal, embora cada um de nós o perceba a partir de nossa própria orla, uma consciência e um mundo que todos compartilhamos. Que pode ser experenciado por cada ser vivo, apesar de raramente ser visto por alguém. O xamã é o mestre desse outro mundo, e é por isso, que a palavra xamã significa em algumas culturas “aquele que vê no escuro”.

O xamã é alguém que vive com um pé neste mundo e outro no mundo espiritual. Não podemos nos esquecer que tanto nós, como os animais, vegetais e minerais, viemos da mesma fonte de energia, e somos apenas formas temporais de energia.

Assim sendo, acredito que o homem se acostumou a esse estado de consciência, a esse estado de alerta em que vivemos, e é uma presunção acreditar que unicamente nesse estado nossa presunção é verdadeira. Esse tipo de crença cria severas limitações juntamente à objetividade que tantos valorizamos. A experiência é sempre subjetiva, e negar a realidade de qualquer experiência é negar uma parte de nós mesmos.

O conceito do xamã como um indivíduo portador de dupla cidadania, uma na mente consciente e outra na inconsciente, nos da asas a nossa imaginação. A ciência ocidental está atualmente apenas se aproximando da natureza subjetiva da realidade. Segundo a física quântica, o resultado de um experimento é influenciado pela nossa observação, e coisas desse tipo.

Já o xamã começa com a suposição, não com a crença, a crença é adquirida no transcorrer da sua própria experiência, e não como resultados de um paradigma, religião ou filosofia pré-existente.

A Gênesis diz que Deus criou os pássaros, as árvores e tudo que há sobre a Terra, para servir ao homem. Os xamãs acreditam no contrário, que nós é que fomos criados para servir à Terra e cuidar dela.

Não há nada de errado com a história. O problema é a maneira como foi contada, a maneira como foi levada a sério e ensinada pelos sacerdotes. Em lugar da correta descrição de um evento histórico ou avanço revolucionário, ela é vista como uma afirmação literal do fato como uma condição humana. É sempre perigoso quando a metáfora e o mito convertem-se num dogma religioso imposto por sacerdotes.

Os xamãs por sua vez, são os mestres dos mitos e frequentemente responsáveis por sua lendas. Conhecem a força da natureza e usam-na para manter a saúde e o bem-estar de seu povo. Eles são os curadores da Terra. É costume um xamã partilhar seus conhecimentos com todo aquele que estiver buscando o conhecimento, sempre que ele se apresentar com impecáveis intenções e pureza de objetivos.

Alberto Villoldo (Psicólogo e Fundador da Sociedade dos Quatro Ventos)